O Bitcoin (BTC) começou a semana em alta e alcançou seu maior preço em duas semanas, impulsionado pela resposta decepcionante do mercado ao mais recente estímulo econômico da China e pelo aumento das chances de Donald Trump nas pesquisas eleitorais dos Estados Unidos.
A maior criptomoeda do mundo valorizou 3,12% nesta manhã de segunda-feira (14), sendo negociada a US$ 64.800. Outras moedas digitais, como Ethereum (ETH) e Solana (SOL), também registraram aumentos, seguindo o movimento positivo do mercado.
Os investidores esperavam que o governo chinês anunciasse um pacote de estímulo mais robusto para combater a deflação e fortalecer sua economia. No entanto, o briefing de política realizado neste fim de semana deixou muitos desapontados, pois não apresentou detalhes claros sobre a quantidade de estímulo fiscal a ser injetado.
Essa incerteza acabou pressionando o mercado acionário chinês, que viu um breve rali começar a perder força. Como resultado, muitos especuladores voltaram seus olhos para o Bitcoin e outras criptomoedas como alternativas mais seguras para seus investimentos.
De acordo com analistas do mercado, a decepção com o estímulo chinês beneficiou diretamente o Bitcoin. Segundo eles, antes desse evento, o capital dos investidores estava sendo direcionado para as ações chinesas, o que pressionava os preços das criptomoedas.
Com a frustração em relação ao pacote econômico da China, houve um redirecionamento para o mercado de criptomoedas, o que impulsionou os preços.
Expectativas com vitória de Trump fazem Bitcoin disparar
Outro fator que contribuiu para a recente alta do Bitcoin foi o aumento das chances de vitória do ex-presidente Donald Trump nas eleições de 2024 nos Estados Unidos.
Trump é conhecido por sua postura mais favorável ao setor de criptomoedas, e os mercados de previsão têm refletido essa perspectiva, colocando o candidato republicano à frente da atual vice-presidente Kamala Harris.
De acordo com dados da Polymarket, Trump tem 54% de chances de vitória, enquanto Kamala tem 45,4%.
Tal possibilidade gera um clima mais otimista entre investidores de criptomoedas, que esperam um ambiente regulatório mais amigável com a possível volta de Trump à presidência.
Além disso, o mercado de criptomoedas foi beneficiado por uma notícia que aliviou as preocupações de um impacto negativo imediato: a falida exchange Mt. Gox anunciou o adiamento do pagamento de US$ 2,9 bilhões aos credores, que agora deve ocorrer apenas em 31 de outubro de 2025.
A expectativa de uma venda em massa desses ativos no mercado preocupava os investidores, mas com o adiamento, essa pressão foi adiada, o que permitiu que o preço do Bitcoin se mantivesse estável.
Uptober?
O mês de outubro, apelidado de “Uptober” pelos entusiastas do Bitcoin, historicamente tem sido sinônimo de fortes ganhos para a criptomoeda. Desde 2013, o ativo digital apresentou uma média de valorização de 23% no mês, com anos excepcionais, como 2021, quando os preços dispararam em 40%.
No entanto, em 2024, o cenário está longe de ser animador. No dia 12 de outubro, o Bitcoin lutava para se manter acima dos US$ 63.000, após um aumento de 8% no mês anterior.
Um dos maiores obstáculos que o Bitcoin enfrenta é o aumento do interesse aberto em contratos futuros, atualmente na casa dos US$ 35 bilhões. Historicamente, picos nesses níveis indicam que o mercado está prestes a atingir seu ápice, seguido de uma volatilidade crescente.
A perspectiva de traders realizando lucros em meio a esse cenário pode trazer correções, pressionando o preço da criptomoeda para baixo.
Além disso, a atividade no mercado à vista também está enfraquecendo. Após uma recuperação sólida em setembro, a energia dos compradores desapareceu, deixando o mercado sem o ímpeto necessário para sustentar novas altas.
O Fear and Greed Index, que mede o sentimento do mercado, está estacionado no território de “Medo”, com 37 pontos, o que indica um ambiente de realização de lucros e maior pressão de venda.
Mesmo assim, analistas acreditam que o comportamento positivo do Bitcoin deve se intensificar nas próximas semanas, seguindo a tendência histórica de força sazonal.
Com o cenário de incerteza econômica global, impulsionado pela frustração com os estímulos da China e pela expectativa de vitória de Donald Trump, o Bitcoin segue como um ativo atrativo para especuladores e investidores institucionais.
Fonte: Bitcoin começa a semana em alta com estímulo chinês e pesquisa eleitoral nos EUA
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